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Foto do escritorDaniele Ribeiro Pereira Alves

Inclusão e exclusão digital

Atualizado: 14 de ago.


As discussões a respeito das tecnologias e ferramentas digitais que aparecem dia após dia em nossa sociedade são cada vez mais frequentes. Em qualquer ambiente onde uma dessas ferramentas esteja sendo usada, haverá discussão sobre algum aspecto do seu funcionamento, utilidade, abrangência, etc.


Contudo, há uma discussão que talvez não esteja sendo feita. Há uma inclusão ou exclusão digital acontecendo em nossa sociedade?


Eu entendo que as ferramentas tenológicas das quais dispomos podem nos trazer inúmeras facilidades e oportunidades, em vários aspectos. Porém, não podemos esquecer que vivemos em um país extremamente desigual, e que essas desigualdades podem se ver aumentadas para uma grande parcela da população quando falamos dessas tecnologias.


Um claro exemplo disso, falando da educação, se deu no período da pandemia com as aulas remotas. Quantos e quantos alunos não acessavam as aulas porque não tinham computador, celular, internet, pacote de dados, ou então, em muitos casos, não sabiam o básico a respeito destes dispositivos.


Tudo isso só escancarou uma questão que há muito está no cerne da nossa sociedade. Quem não tinha os recursos necessários para acessar as aulas, para fazer uma pesquisa na internet que não fosse nos computadores da escola, ou não conseguiu tirar uma dúvida com o professor pelo whatsapp porque não tinha créditos/dados no celular, isso se tinha um celular disponível, provavelmente também não tinha acesso à essas facilidades antes disso tudo se tornar uma constante em nossas vidas.



E a questão é ainda mais abragente. A exclusão digital não diz respeito somente ao acesso à dispositivos tecnológicos, mas também ao acesso ao conhecimento difundido através deles, conhecimento este que pode impactar diretamente as tarefas e atividades cotidianas e trazer novas oportunidades. Podemos observar, então, que entre os aspectos geralmente ligados à exclusão digital estão a exclusão social, a sociedade do conhecimento, o e-gov e a economia contemporânea, dentre outros.


Deste modo, devemos pensar na inclusão digital para além do contexto educacional. Porque não há como incluir quem está à margem da sociedade em apenas um recorte dela, devemos pensar no todo.


E esse é nosso trabalho enquanto educadores. Quanto mais falarmos, e agirmos, em prol de uma inclusão dentro de nossos ambientes de trabalho, mais nos aproximamos de como essa estrutura toda deve funcionar.


Podemos levantar discussões a respeito de políticas públicas de inclusão digital nas escolas, nas universidades, pensar em práticas pedagógicas que sejam efetivas e proporcionem que nossos alunos experienciem plenamente a cultura digital.


Para isso, é fundamental que nos eduquemos digitalmente também, que sejamos letrados digitalmente, que busquemos esse conhecimento. Assim, conseguimos dar aos nossos alunos todos os subsídios necessários para que, quem sabe um dia, não façam mais parte da parcela que sempre é excluída da nossa sociedade, inclusive nos ambientes onde a inclusão e o acolhimento deveriam ser perpetuados: as instituições de ensino.




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