Uma palavra que tem aparecido muito nos últimos tempos, nas mais variadas esferas, é letramento, ou letramentos. E nós, professores, estamos o tempo todo pensando em quanto nossos alunos devem ser letrados, principalmente quando falamos do universo digital.
Mas, e nós professores, será que somos letrados digitalmente? Sabemos o que é isso?
Por vezes podemos nos sentir perdidos diante dessa nova realidade, mas já existem alguns direcionamentos que podem nos ajudar na tarefa de alcançarmos o tal letramento digital.
O DigCompEdu, ou Quadro Europeu para a Competência Digital dos Educadores, traz indicadores que sinalizam quais devem ser as competências de um professor letrado digitalmente, ou seja, as competências digitais que são inerentes à profissão.
Estas competências estão relacionadas diretamente com o aproveitamento do potencial que as tecnologias digitais tem para melhorar as práticas educacionais. São 22 competências propostas pelo DigCompEdu, distribuídas em 6 áreas, sendo: uso de recursos digitais nas interações profissionais, uso eficaz e responsável e criação e compartilhamento dos recursos, gerenciamento dos recursos, uso de estratégias digitais para a melhora da avaliação, potencial estratégico das tecnologias para o ensino-aprendizagem e competências pedagógicas necessárias para desenvolver a competência digital dos alunos.
Tais indicadores são fundamentais para avaliar e promover a competência dos professores no uso das tecnologias digitais em contextos educacionais. Servem como parâmetros para entender o nível de proficiência dos docentes em relação ao uso de ferramentas digitais, sua capacidade de integrá-las de forma eficaz no processo de ensino-aprendizagem e seu papel na preparação dos alunos para o mundo digital.
São muitas informações apresentadas, precisamos de paciência e atenção para estudá-las e pensar na aplicação de cada uma no contexto educacional de cada um de nós. As competências vão desde avaliar a familiriadade do professor com os vários recursos digitais, capacidade para resolver problemas técnicos até o quanto estão dispostos a aprender e se adaptar às novas tecnologias.
Passam também pela capacidade de integração dos recursos em sua prática pedagógica, promovendo o desenvolvimento das habilidades críticas e colaborativas dos alunos, criação de conteúdo digital ou adaptação de material didático utilizando as ferramentas digitais, conhecimento sobre segurança digital e ética, capacidade de colaborar com colegas, alunos e comunidade escolar por meio das ferramentas digitais, utilização dos recursos para acompanhamento do progresso dos alunos e, por fim, os indicadores apontam para algo que todos os professores já estão acostumados: compromisso contínuo com o desenvolvimento profissional.
Não é um caminho fácil a ser percorrido, mas se desejamos que nossos alunos sejam sujeitos atuantes na sociedade, com a configuração que ela se apresenta hoje em dia, é um trabalho que se faz extremamente necessário.
Acredito também em uma busca por conhecimento contínua na vida de um professor, não somente para atingir um objetivo específico, a curto prazo, mas pensando nessa busca também como um desafio e uma satisfação profissional.
A trajetória de um educador não é fácil, mas pode ser extremamente recompensadora quando vemos que nosso esforço pessoal em aprender, melhorar, evoluir, contribuiu efetivamente para o aprendizado, a melhoria, a evolução dos nossos alunos e que isso fará toda a diferença em um futuro bem próximo.
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